Personagem – Pajé e Arasy

Personagem – Pajé e Arasy

Da mesma forma como já foi explicado em postagens anteriores, a concepção do nosso roteiro passa pelas ideias de Joseph Campbell e seu conceito da Jornada do Herói.

Resumo relâmpago – o herói, independente de sua idade, sexo ou localidade, tem uma vida calma, com uma rotina estabelecida, segura. Subitamente é exposto, geralmente contra sua vontade, a um evento que, frequentemente de forma abrupta, às vezes brutal, o obriga a se afastar de tudo e de todos que ama tendo que enfrentar desafios, inimigos e encontrar soluções únicas para tudo o que está acontecendo. Lembra do Luke Skywalker? Caso típico.

O bacana é que Aimiri (Anajê), a partir de certo ponto, depois de já ter sido confrontado com uma série de situações incomuns, acaba amealhando aliados que o ajudam no caminho até que, próximo do final, ele terá que se deparar com o supremo inimigo. Existem muitas variações sobre o tema e, mesmo dentro da Jornada, ocorrem inúmeros outros eventos, encontros, parcerias e batalhas.
O fato é que é necessário que existem referências para o herói que precisam ser fixas, ou melhor, absolutamente confiáveis. E é aqui que entram o Pajé da Taba de Anamá e Arasy, a mulher mais sábia da Taba.

Aqui a discussão transcende os óbvios embates acerca da constituição tradicional da família ou debates de gênero. Como já dito aqui, Arasy e o Pajé são referências fixas do tempo e no espaço, uma espécie de porto seguro de onde sair, do qual sentir saudades e para onde voltar. Aqui o que muda é o herói, e não necessariamente seus pontos de referência de saída e retorno.
As duas figuras, marcantes, pólos opostos dessa relação dialógica, têm cada uma atributos e funções específicos.

O Pajé é o líder espiritual, tem o foco no imaterial, conhece os animais e os espíritos da floresta. Conhece todos os caminhos… os daqui e os de lá… Mas é um repositório do conhecimento teórico.

Arasy, a mulher mais experiente e sábia é o repositório do conhecimento prático. Se o Pajé conhece os caminhos, é a Arasy que sabe como percorrer aqueles caminhos. Em uma esfera diferente daquela da mãe e do pai de Aimiri, o Pajé e Arasy formam uma dualidade forte e importantíssima.


Como colaborar

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Quando um projeto aprovado na Lei Rouanet atinge o índice de captação de 20% do total da verba orçada, os proponentes já podem iniciar os trabalhos de produção. Este é o caso de Anajê que no final do ano passado recebeu verbas de incentivo fiscal, o que possibilitou iniciar caminhada. Mas a jornada é longa e precisamos continuar a captação para atingirmos 100% e podermos executar todas as ações previstas.

Sua colaboração é fundamental. Precisamos de verbas para remuneração de profissionais, mas não só. Materiais e serviços são bem-vindos e ajudam a viabilizar o projeto como um todo.

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