O Roteiro – Anajê deseja encantar, entreter e educar

O Roteiro – Anajê deseja encantar, entreter e educar


Anajê, como resultado final do projeto que está sendo financiado pela lei Rouanet de Incentivo à Cultura, será muito mais do que um produto tangível, do tipo que qualquer pessoa poderia estender a mão e pegar em uma prateleira.

Desde sua incepção, em 1996, quando sequer existia tecnologia disponível no Brasil para produzir, desenvolver e disponibilizar ao público um livro eletrônico, as ideias e conceitos deste projeto já eram contempladas pela equipe deste projeto.

Como livro eletrônico, com similares sendo desenvolvidos nos Estados Unidos e Alemanha, por si só já seria revolucionário. A começar pelo roteiro. Se nos similares estrangeiros as histórias flertavam com o simplório, Anajê era na verdade um filme de animação, com ensinamentos, engraçado e encantador, só que em formato de livro.

Embutidas em cada ação individual e nas interações entre os personagens, e entre esses e a natureza que os cerca, alimenta, protege e os desafia a superarem suas limitações, podem ser encontradas referências a valores pessoais como perseverança, criatividade, honestidade, argúcia, superação pessoal.

Claro que teriam também que estar presentes valores familiares como cooperação, obediência, noção de hierarquia, noção de grupo. E valores sociais como a inserção em grupo maior, cada um fazer sua parte, entender tradições e dar continuidade a elas, aprender sobre o passado do seu povo para entender seu presente e planejar seu futuro.

Sempre esteve presente no planejamento feito pela equipe, e mais ainda agora na consecução do projeto a noção de se valorizar o binômio cultura/natureza e provar que ele pode se articular de forma harmônica e coerente. Busca-se ainda chamar atenção para desenvolvimento sustentável e biodiversidade através de exemplos das tradições e práticas, ludicamente estimulando o interesse pela cultura e o auto-didatismo, incentivando a leitura através do uso de tablets e servindo como ponte entre mídia impressa e mídia digital facilitando a migração do leitor.

Como se desejava despertar em crianças de 6 a 14 anos o interesse pela cultura, abordar temas que atendem desde o interesse de aprender a ler e escrever, passando pelo estímulo da criatividade, a descoberta do espírito de aventura e até noções abstratas de tempo e espaço onde a criança penetra no mundo real e começa a interessar-se pelos atos heróicos e pelo romantismo, o roteiro, base de todo do projeto, precisaria ser realmente ambicioso.

Mesmo assim, é bom salientar que Anajê é, antes de tudo, uma história de ficção para crianças e não se propõe a ser um compêndio sociológico sobre as nações indígenas brasileiras.
A intenção maior do projeto sempre foi e sempre será evidenciar as possibilidades de superação pessoal, a força dos laços familiares, a preservação da cultura e dos valores que unem certo grupo social e os força a ter objetivos comuns, a manutenção do passado (valores familiares e culturais) e o cuidado com o futuro (através das crianças).

Fica claro no roteiro que é necessário entender a natureza e que isto só acontece se a observarmos e se aprendermos a conviver com ela.

Anajê está hoje a meio caminho entre um livro tradicional e um desenho animado. As animações, os diálogos, a trilha sonora e as interações proporcionam o que se chama de “realidade aumentada” que é imersiva e lúdica criando para o leitor uma oportunidade que favorece a apreciação da música, da arte e da literatura.

É interessante notar como, em apresentações aos investidores, sempre causa fascinação quando mencionamos, na produção de um “livro”, se bem que livro eletrônico, gravações em estúdios, arquivos de áudio, efeitos especiais e animações. Este mero fato é prova da inovação que se pretende introduzir no mercado com este projeto.

E, voltando ao início do artigo, tudo passa pelo roteiro que nesse caso, na origem, precisava criar pontes entre os conceitos de livro infantil, livro eletrônico, filmes e animações.
Percebe-se pelo exemplo abaixo que até mesmo as notações do roteiro são semelhantes às de um filme.

E isso porque, ao contrário de um livro tradicional em que o autor dialoga sozinho com o leitor, aqui, com uma equipe multidisciplinar as orientações para cada “departamento” precisam ser concisas e perfeitamente claras, não dando margem a interpretações divergentes por atores/dubladores, programadores, artistas e técnicos.

O nível dos profissionais envolvidos no projeto é altíssimo. Na verdade para fazer parte deste projeto é preciso ser uma pessoa especial: ter o expertise de sua área, como estamos trilhando caminhos novos é necessário ter um espírito de explorador, amor pela cultura e um coração de criança, daqueles que andam descalços em dias de chuva, jogam bola e sabem em árvores para colher frutas e admirar um pôr do sol.


Como colaborar

Tá gostando de acompanhar o nosso projeto? Então talvez goste de saber…

Quando um projeto aprovado na Lei Rouanet atinge o índice de captação de 20% do total da verba orçada, os proponentes já podem iniciar os trabalhos de produção. Este é o caso de Anajê que no final do ano passado recebeu verbas de incentivo fiscal, o que possibilitou iniciar caminhada. Mas a jornada é longa e precisamos continuar a captação para atingirmos 100% e podermos executar todas as ações previstas.

Sua colaboração é fundamental. Precisamos de verbas para remuneração de profissionais, mas não só. Materiais e serviços são bem-vindos e ajudam a viabilizar o projeto como um todo.

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